Respeito é bom e eu gosto

Terapeuta floral indica os florais de Bach mais adequados ao tratamento do preconceito, da intolerância e do julgamento com o outro e com nós mesmos

A enfermeira e terapeuta floral Denise Giarelli diz que hoje em dia muito se fala sobre a importância do bem viver com a diversidade, mas pouco se faz no sentido de agir efetivamente em prol de acolher o que é diferente de nós e de permitir a ampla sensação de pertencimento ao grupamento humano.

“Percebo que nos tornamos assim como coletividade porque estamos com a sensibilidade à flor da pele. Somos facilmente magoáveis, como crianças pequenas que, à menor frustração, se isola e se vitimiza pelo isolamento.”

De acordo com Denise, também acupunturista e terapeuta biomagnetista, reagimos em excesso à frustração por dois motivos principais: “A sensação de inferioridade elevada e o nosso lado infantil, que resiste em amadurecer, retroalimentam a falta de pertencimento com mais não pertencimento e essa resposta reativa leva às atitudes de intolerância, julgamento e preconceito.” Denise diz que as essências florais de Bach são uma importante ferramenta terapêutica para tratar dessas questões ampliando nossa visão e consciência de mundo e de vida.

“Os florais são compostos vibracionais que despertam em nós dons, virtudes e emoções positivas quando vivenciamos estados emocionais menos felizes. Eles elevam o nosso padrão vibratório  e esse efeito é percebido em nosso comportamento, emoções, atitudes, pensamentos e personalidade”, diz a terapeuta. Abaixo, Denise indica alguns dos florais de Bach para trazer equilíbrio aos estados de preconceito, intolerância e julgamento não só com o outro, mas consigo mesmo também.

Preconceito consigo mesmo: 

Larch é a floral de Bach que trata das questões relacionadas à antecipação do fracasso e ao sentimento de inferioridade que podem desencadear um comportamento de dizer ‘não’ à vida. Muitas pessoas, porque desenvolveram o sentimento de “não sou bom” – um autopreconceito – , se acostumam a nem tentar. Continuamente, aqueles que auto alimentam essa condição verbalizam conteúdos, como: “olha que besta eu sou, fiz tudo errado!”. E assim, reforçam ainda mais o ‘pré conceito’ de si próprios e, consequentemente, a auto-depreciação. Larch vem ensinar que, com determinação, força, adaptabilidade e autorrespeito, pode se chegar a qualquer lugar e tornar-se capaz de superar limitações autoimpostas que geram esse olhar preconceituoso sobre nós mesmos.

Crab Apple é outra essência de Bach que cuida daqueles que se sentem inadequados, impuros e incorretos. Quem está no estado Crab Apple, sente-se emocional e espiritualmente sujo, contaminado por seus próprios pensamentos e ações – sentimentos que revelam preconceito para consigo mesmo. “Credo, que nojo de mim! Como estou/sou… gordo, magro, alto, baixo, flácido, …” Esse floral ‘higieniza’ em um nível mais espiritual, removendo impressões negativas sobre si, promovendo autoestima, mais leveza em se olhar, em enxergar as próprias falhas e a uma autovisão equilibrada.

Preconceito com o outro

Water Violet: Na A História dos Viajantes, de 1934, contida no livro Escritos Selecionados de Edward Bach, Dr. Bach se refere à Water Violet nos seguintes termos: “Water Violet já havia andado antes por aquela floresta e conhecia a trilha certa, mostrando-se ligeiramente orgulhoso e um pouco desdenhoso sem que os outros entendessem o motivo. Water Violet os considerava inferiores.” Quantas atitudes de preconceito partem de um local interno de certeza na própria superioridade e na inferioridade alheia? O floral tem como aspectos positivos o envolvimento com o mundo e com o sentido de servir ao outro, sentimentos que fazem cair por terra todo e qualquer preconceito em relação ao semelhante.

Recentemente, Julian Barnard, discípulo do Dr. Bach, respondeu a um questionamento sobre Water Violet dizendo: “… voltar do distanciamento e orgulho para ajudar os necessitados que não têm a mesma sabedoria e experiência de vida. Eles param sua vida de isolamento e distanciamento e se voltam para a experiência comum de bondade e generosidade. Chamamos isto de humanidade. Portanto, há uma proximidade entre distanciamento e orgulho. Se sou orgulhoso do meu conhecimento, então posso me distanciar por achar que os outros são ‘menores’”. Water Violet ajuda o indivíduo a se despir de todo e qualquer preconceito com o outro, aceitando e honrando o estágio e a experiência que cada um está.

Julgamento excessivo consigo mesmo:

Rock Water é uma essência que leva as pessoas a se permitirem ser quem realmente são. Quando se está no estado negativo de Rock Water, o sujeito é algoz de si mesmo, impede sua alma de brilhar e de se manifestar com graça e plenitude. Aprisiona-se em conceitos limitantes de ser exemplo a ser seguido, em padrões rígidos e inflexíveis que o levam a esquecer-se de ser. Por isso, a pessoa nesse estado está sempre julgando e condenando à cada segundo à si própria e às suas ações. O seu “chicote interno” funciona ‘25 horas’ por dia tornando-a infeliz e exausta. Rock Water resgata a inocência e a pureza de ser, sem preconceito e a flexibilidade no olhar para si e para o outro.

Julgamento excessivo com o outro:

Vine é a essência que traz equilíbrio às pessoas de comportamento autoritário, “mandão”, tirano e déspota. Normalmente, essa forma de ser, de julgar excessivamente o outro a ponto de querer impedir que o outro se expresse, vem da absoluta certeza que uma pessoa Vine tem: “eu sei o que é melhor para todos”. Sendo assim, nada que possa divergir de seu ponto de vista pode sequer ser levado em consideração. Por isso mesmo, as qualidades positivas despertadas pelo floral Vine são a flexibilidade, o respeito pelo outro e a liderança positiva. Como foi dito pelo próprio Dr. Bach: “Se dermos liberdade a tudo e a todos que estiverem ao nosso redor, descobriremos, por outro lado, que essa liberdade nos fará mais ricos de amor e bens do que éramos antes, pois o amor que liberta é o grande amor que nos aproxima.”

Intolerância consigo mesmo:

Oak : quando se está no estado Oak , não se tolera ser ‘mole, ineficiente, ficar doente ou relaxar’. Os deveres estão muito acima da capacidade física. Essa intolerância com os limites próprios encarcera o indivíduo num círculo vicioso de dever e exaustão. Ele se olha com níveis elevados de exigência e com muita intolerância, pouco amor e compaixão. Oak nos leva a sermos mais tolerantes com nós mesmos e a sabermos respeitar nossas falhas e limites.

Intolerância com o outro:

Impatiens relaxa, flexibiliza e permeabiliza o campo emocional à intolerância em relação aos outros. Ajuda a pessoa a compreender e respeitar o tempo de cada um e entender que, apesar dos meios serem diferentes daquilo que o próprio Impatiens acredita ser o certo ou o melhor, os fins e os resultados podem ser tão bons quanto ele mesmo encontraria. O floral Impatiens minimiza, portanto, a intolerância dele com o ritmo e com o tempo dos outros.

Beech é para aqueles que procuram defeitos nos outros e têm a tendência a cercear a liberdade de expressão dos outros. Essa intolerância em relação aos outro pode ser conseqüência de uma reação a alguma frustração, do tipo: “como a vida não é como eu gostaria, eu critico a tudo e a todos”. A pessoa com esse comportamento não tem a capacidade de tolerar imperfeições ou ter empatia pelas fragilidades dos outros. Possui atitudes arrogantes e intolerantes e não tem abertura para entender os outros pontos de vista. E não se reconhece como um crítico, mas, para ela, todos à sua volta estão errados e ele, certo. O floral Beech desperta o desenvolvimento da tolerância e compreensão em relação aos diferentes caminhos que cada um busca no seu processo de aperfeiçoamento.

Contato de Divulgação

Denise Giarelli: www.denisegiarelli.com.br

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